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quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Invisível - 2009


Região: Alentejo
Castas: Aragonês
Produtor: Ervideira Soc. Agr. Lda.
Enólogo: Nelson Rolo
Tipo: Branco
Ano: 2009
Álcool: 13,0%






Nota Introdutória:

Nem tudo o que parece é! Brancos feitos a partir de castas tintas? Não sei quantos existem em Portugal, pessoalmente, conheço três e já os provei a todos, Marquês dos Vales, Primeira Selecção 2009 (Castelão), Branco de Tintas 2009 (Alfrocheiro e Trincadeira) e este Invisível - 2009 (Aragonês).

Interessantes similaridades, ausência da cor avermelhada dos tintos, originado por um processo de fermentação cujo mosto não tem qualquer contacto com o elemento responsável pela coloração do vinho, a película da uva. Já em prova, encontrei mais algumas características, não exclusivas, mas que de certa forma lhes foram comuns, vinhos algo encorpados e detentores de uma acidez media/baixa, os últimos dois com uma coloração levemente salmão, não pude deixar de registar estas similaridades.

Invisível - 2009 (Aragonês), um Alentejano proveniente da Adega Ervideira, a produzir vinhos desde 1880, com uma área total de 160ha de vinhedos, dos quais 110ha estão localizados na Vidigueira e 50ha em Reguengos. A administração da Ervideira é assegurada pela família Leal da Costa, descendente directa do Conde de Ervideira, sendo Duarte Leal da Costa o seu director executivo.

Um vinho singular, este Invisível – 2009, é de facto o resultado de alguma criatividade e extravagância! Desde logo estamos perante um "moon harvest" como o próprio termo indica, trata-se de um vinho cuja apanha da uva é feita durante a noite, tendo a prensagem das uvas decorrido na própria vinha, o mosto por sua vez foi transportado em camião frigorífico até à adega, onde por gravidade foi sendo depositado na câmara de frio, permanecendo a decantar durante 24h a baixas temperaturas. Seguindo-se a fermentação à temperatura controlada de 12ºC, durante 15 dias.


Notas de Prova:

Um vinho fácil, despretensioso e agradável, que certamente encontrará um vasto leque de apreciadores. Deverá ser bebido já, muito provavelmente aguentar-se-á em forma, apenas, por mais um par de anos.Recomendo que seja servido entre os 7º e 11º graus, à semelhança dos Rosés adequa-se bastante bem a comida asiática, mas pessoalmente com uma açorda de marisco, a sua harmonização é praticamente perfeita.

Aspecto amarelo fraco, praticamente transparente, com ligeiros laivos rosados. Aroma discreto, onde sobressaem algumas notas florais e fruta branca (melão, pêra, etc.). Paladar confirmam-se as notas a fruta de polpa branca, com uma acidez pouco evidente em que leves notas adocicadas quase se confundem com um leve açúcar residual, o conjunto algo encorpado está equilibrado e agradável termina suave e levemente persistente.



Nota Pessoal: 16 (Prova a 15 de Jan.11)
Preço: €8,50 (Ref.)

2 comentários:

  1. Daria melhor Nota a este vinho verdadeiramente especial. Do melhor para o nível.

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  2. Caro Anónimo,

    É um vinho muito agradavel, pode aprender isto mesmo no meu artigo. Dos três que me refiri muito sinceramente este foi um dos dois que mais me agradou, relativamente à nota esta espelha a minha opinião relativamente ao seu perfil.

    Bons vinhos.

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