Quinta de Valbom - Vinhas Velhas 2016
De volta ao Douro, mais propriamente, à sub-região do Baixo Corgo, muito perto do paredão da barragem de Bagaúste, desta vez, com um vinho da, Quinta de Valbom, uma quinta com cerca de 45 hectares de vinhas plantadas, com as típicas castas da região, nos seus icônicos socalcos, um cenário que nos é familiar, a verdadeira harmonia entre a natureza e o engenho humano.
A Quinta de Valbom é uma das quintas inscritas na primeira demarcação Pombalina, em 1756. Se recuarmos no tempo, ao ano de 1775, podemos encontra registos de comercialização de pipas e toneis de vinho em seu nome.
Em 2012, vem a ser adquirida pela empresa, da família. alemã, Pohl, detentora do projeto Alentejano, Herdade dos Grous, na altura com, apenas 27 hectares de vinha velha, entre 30 e 100 anos. Desde então, várias têm sido as intervenções a que tem estado sujeita, sempre sob a tutela do enólogo chefe e diretor geral, Luís Duarte, um dos grandes enólogos deste País, e cujo o seu enfoco está inteiramente direcionado para sustentabilidade das vinhas e para a exigência em produzir na Quinta de Valbom, apenas vinhos Durienses de topo.
Como no caso deste, Quinta de Valbom - Vinhas Velhas 2016, um tinto, composto por uma panóplia de castas tradicionais do Douro, não sei se será, mas provavelmente o resultado de uma miscelânia de castas características dos vinhedos mais antigos da região, que como resultado dão vinhos únicos, complexos e no caso cheio de caráter.
Estamos perante um vinho de cuidados, feito a partir de uvas selecionadas manualmente, fermentado em lagares de granito e com pisa pé, com estágio de 16 meses em barricas de carvalho francês.
No copo, apresenta um tom rubi concentrado de opacidade média. Aroma elegante, com notas a frutos silvestres, tom a bosque, algo especiado e com uma envolvência tostada. Na boca, mostra-se, fresco com elegância, marcado pela fruta, taninos firmes mas bem integrados, num conjunto onde a sua cordata acidez permeia o seu final longo e persistente.
Sem duvida um tinto de qualidade indiscutível, um registo duriense típico, na linha dos vinhos que conciliam potência e elegância, com um pendor gastronômico e capacidade de guarda incontestável. Permitindo-se harmonizar de forma superior com, pratos intensos e condimentados, como carnes vermelhas, caça e alguns queijos.
Um vinho, com predicados mais que suficientes para o recomendar como um belíssimo representante dos vinhos do Douro.
Not. 17,5
Pvp: 39 € (Ref.)
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