Não há muito tempo atrás deixei, aqui, umas breves notas sobre o projeto Fitapreta Vinhos, Hoje trago-vos novamente um vinho que nasce sob a sua chancela. Desta feita um branco, cujo o conceito de vinificação, faz-nos recuar cerca de dois mil anos. Uma técnica que nos chega pelos romanos, em que a vinificação se dá em talhas ou ânforas de barro.
Contudo no caso deste, Branco da Talha, o processo na talha apenas ocorreu na fermentação do mosto, sem curtimenta (sem contato pelicular durante o processo fermentativo), dai entre outros aspetos a sua tonalidade não ser muito acentuada, tal como seria de esperar num método puramente ancestral.
Um branco com um perfil realmente algo diferenciado, aqui a mais ancestral tradição alia-se à modernidade. A forma que o enólogo, António Maçanita encontrou para, uma vez mais, premiar a tão prezada identidade dos seus vinhos.
No copo este Branco da Talha 2018, apresenta-se com um tom amarelo palha, límpido. No nariz, aroma discreto, complexo, onde se evidenciam notas a fruta, maça, ervas secas, trufa, tudo envolto num subtilíssimo tom especiado/resinoso. Na boca, mostra-se, igualmente complexo, medianamente encorpado, fresco, fino e bem balanceado. Final longo e persistente.
Um vinho que não deixará ninguém indiferente e uma excelente forma de abordagem a um vinho fermentado em talha de barro.
Not. 17
Pvp: 19,5€ (Ref.)
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