Região: Alentejo
Castas: Aragonês
Produtor: Ervideira Soc. Agr. Lda.
Enólogo: Nelson Rolo
Tipo: Branco
Ano: 2009
Álcool: 13,0%
Nota Introdutória:
Nem tudo o que parece é! Brancos feitos a partir de castas tintas? Não sei quantos existem em Portugal, pessoalmente, conheço três e já os provei a todos, Marquês dos Vales, Primeira Selecção 2009 (Castelão), Branco de Tintas 2009 (Alfrocheiro e Trincadeira) e este Invisível - 2009 (Aragonês).
Interessantes similaridades, ausência da cor avermelhada dos tintos, originado por um processo de fermentação cujo mosto não tem qualquer contacto com o elemento responsável pela coloração do vinho, a película da uva. Já em prova, encontrei mais algumas características, não exclusivas, mas que de certa forma lhes foram comuns, vinhos algo encorpados e detentores de uma acidez media/baixa, os últimos dois com uma coloração levemente salmão, não pude deixar de registar estas similaridades.
Invisível - 2009 (Aragonês), um Alentejano proveniente da Adega Ervideira, a produzir vinhos desde 1880, com uma área total de 160ha de vinhedos, dos quais 110ha estão localizados na Vidigueira e 50ha em Reguengos. A administração da Ervideira é assegurada pela família Leal da Costa, descendente directa do Conde de Ervideira, sendo Duarte Leal da Costa o seu director executivo.
Um vinho singular, este Invisível – 2009, é de facto o resultado de alguma criatividade e extravagância! Desde logo estamos perante um "moon harvest" como o próprio termo indica, trata-se de um vinho cuja apanha da uva é feita durante a noite, tendo a prensagem das uvas decorrido na própria vinha, o mosto por sua vez foi transportado em camião frigorífico até à adega, onde por gravidade foi sendo depositado na câmara de frio, permanecendo a decantar durante 24h a baixas temperaturas. Seguindo-se a fermentação à temperatura controlada de 12ºC, durante 15 dias.
Notas de Prova:
Um vinho fácil, despretensioso e agradável, que certamente encontrará um vasto leque de apreciadores. Deverá ser bebido já, muito provavelmente aguentar-se-á em forma, apenas, por mais um par de anos.Recomendo que seja servido entre os 7º e 11º graus, à semelhança dos Rosés adequa-se bastante bem a comida asiática, mas pessoalmente com uma açorda de marisco, a sua harmonização é praticamente perfeita.
Um vinho fácil, despretensioso e agradável, que certamente encontrará um vasto leque de apreciadores. Deverá ser bebido já, muito provavelmente aguentar-se-á em forma, apenas, por mais um par de anos.Recomendo que seja servido entre os 7º e 11º graus, à semelhança dos Rosés adequa-se bastante bem a comida asiática, mas pessoalmente com uma açorda de marisco, a sua harmonização é praticamente perfeita.
Aspecto amarelo fraco, praticamente transparente, com ligeiros laivos rosados. Aroma discreto, onde sobressaem algumas notas florais e fruta branca (melão, pêra, etc.). Paladar confirmam-se as notas a fruta de polpa branca, com uma acidez pouco evidente em que leves notas adocicadas quase se confundem com um leve açúcar residual, o conjunto algo encorpado está equilibrado e agradável termina suave e levemente persistente.
Nota Pessoal: 16 (Prova a 15 de Jan.11)
Preço: €8,50 (Ref.)
Daria melhor Nota a este vinho verdadeiramente especial. Do melhor para o nível.
ResponderEliminarCaro Anónimo,
ResponderEliminarÉ um vinho muito agradavel, pode aprender isto mesmo no meu artigo. Dos três que me refiri muito sinceramente este foi um dos dois que mais me agradou, relativamente à nota esta espelha a minha opinião relativamente ao seu perfil.
Bons vinhos.